segunda-feira, 29 de novembro de 2010

CÉLULAS TRONCO: COMO SERÃO UTILIZADAS NA MEDICINA ESTÉTICA?






Pesquisadores de células-tronco mostraram como a plástica, incluindo remoção de rugas e aumento de mamas, poderia ser melhorada com implantes naturais que mantêm seu tamanho e forma original, melhor que os implantes sintéticos.Ela poderia ser realizada com tecidos gerados através de células-tronco ao invés de implantes sintéticos. Com isso, as cirurgias reconstrutoras para repor tecidos perdidos devido ao câncer ou outra doença, poderiam ser beneficiadas por implantes naturais gerados por células-tronco, que não encolhem ou perdem a sua forma.


Os estudos mostram que implantes de tecidos macios convencionais, podem perder de 40% a 60% de seu volume com o passar do tempo. Exemplos são as reconstruções de tecidos de mamas após cirurgia de câncer de mama e reconstrução de tecido mole facial por causa de cirurgias de câncer ou traumas, como o uso de células tronco no tratamento para rugas de expressão, sulcos e cicatrizes, além do preenchimento para modelagem no rosto.


Implantes naturais freqüentemente requerem procedimentos cirúrgicos de uma área saudável separada da área onde ele será colocado para obter tecido para construir o implante. A abordagem através de células-tronco não requer extensas cirurgias porque as células necessárias para o implante são obtidas através de procedimentos menos invasivos.


A UTILIZAÇÃO DA CÉLULA-RONCO

A utilização das células-tronco têm levado a engenharia de tecidos a resultados promissores em diversas áreas médicas, principalmente em procedimentos reconstrutivos. Implantes com solução salina ou silicone para aumento das mamas, podem se romper, vazar e interferir na detecção de câncer através de Mamografias. Implantes de tecidos naturais gerados através de células-tronco poderiam evitar estes problemas.

Porém, as células-tronco embrionárias mostram uma série de contras, permeando o enfoque religioso e o caráter ético, visto que existem alternativas à sua utilização. Também existem justificativas científicas fortes para não se utilizar as células-tronco embrionárias. A instabilidade cromossômica é uma delas, podendo acarretar mutações celulares imprevisíveis com uma certa freqüência.

Já as células-tronco adultas não mostram tendência à instabilidade cromossômica nem ao desenvolvimento de teratomas. Por serem do mesmo indivíduo, já que a mesma pessoa faz papel de receptora e doadora, não há necessidade de tomar drogas imunossupressoras.


Sabemos que, o que já existe no exterior é a retirada de um fragmento de tecido da paciente que, em laboratório se isola e multiplica as células produtoras de colágeno (fibroblastos). As células multiplicadas são injetadas nas regiões a serem tratadas. As pesquisas se orientam para utilizar células tronco do cordão umbilical e células de gordura como auxiliares do tratamento estético. As inovações devem chegar ao mercado somente em dois anos. Mas, o que ainda falta para a cirurgia plástica brasileira, que é uma das mais respeitadas do mundo pela qualidade dos resultados alcançados na cirurgia estética, é esse avanço na área reparadora. Talvez aí se encontre a chave para o sucesso: reparação e estética como objetivo único.


***Fonte: Dr. Fabrício Carvalho Torres é Membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, Doutorando pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo - onde desenvolve linha de pesquisa com foco no estudo das células-tronco provenientes do tecido adiposo e possíveis aplicações em cirurgia plástica.

Nenhum comentário:

Postar um comentário